Descrição enviada pela equipe de projeto. Primeiro Prêmio do Colégio de Arquitetos de Málaga na seção Equipamento Público, e Primeiro Prêmio na seção Obra Jovem.
O conhecimento não está nos livros...está no ato da leitura...
"Uma pessoa escolhe um livro e caminha só até a luz, aí começa uma biblioteca."
Ler ao lado de uma árvore, entre elas, sobre elas...
Buscando estas situações, o projeto procura e se apoia na natureza como resposta a dois níveis de necessidade. Fornecer uma árvore ao lado da qual se lê, sobre a qual estudar.
Fornecer um repouso, de natureza, em uma paisagem urbana dura que necessita dela. Convertendo assim tanto os que se encontram em seu interior como os cidadãos que passam em usuários do edifício. Com a função de acompanhar e proteger o espaço público que libera, o edifício se desenvolve em apenas dois níveis. O primeiro alcançado com o desnível do terreno e um segundo que é único a chegar até a rua Lucientes.
A rampa de descida do lado norte que acompanha a vegetação, ao se ligar à rua Lucientes por escadas, uma fragmentação da intervenção, torna independentes as entradas da biblioteca: a voltada para o verde; e o auditório e a sala de exposições.
Assim, o projeto não funciona somenete como biblioteca, mas oferece à vizinhança dois equipamentos de uso independente: auditório e biblioteca. O auditório, com uma área de exposições que funciona como "foyer", se situa no subsolo, com ventilação e iluminação pela face oeste; com um espaço com capacidade para cerca de 80 pessoas.
A biblioteca, voltada para o norte para conseguir iluminação homogênea, possui no nível mais baixo, em continuidade com o declive com a vegetação, a entrada e a recepção, que acompanham as áreas dedicadas a leituras mais relaxadas como a hemeroteca e a área de empréstimo e consulta de livros.
No interior, com iluminação e ventilação para a rua Lucientes, se encontra a área administrativa. A sala infantil se localiza na porção mais protegida da biblioteca e termina em um pequeno pátio.
Na planta superior, de uma altura livre de 4 metros, se situam as áreas mais destinadas à leitura e ao estudo. Esta planta é fragmentada em três áreas , cada uma com um ambiente distinto, desde a sala de leitura geral até uma sala de estudo mais escura e íntima ou uma área de audiovisuais mais agitada; todas elas unidas por conexões, oferecendo também a possibilidade de pequenos cantos onde se pode ler.
Em direção à fachada sul se situa a área de serviços e arquivos, que se comunica com a recepção e empréstimos através de um pequeno elevador. Esta fachada sul, fragmentada nessas três partes, é tratada como uma tela branca erguida em direção ao sol.